empresariais
O sucesso na formação ou na renovação da pastagem está diretamente ligado a escolha de sementes de qualidade
por Suellen Sufen Jornalista, MTB 39 943 | out 1, 2020Para ter sucesso na formação
de uma pastagem é preciso planejamento, a melhor época para o plantio é quando
as chuvas começam a ocorrer com frequência, e isso costuma acontecer de outubro
a fevereiro no Brasil central.
A amostragem do solo é um passo
importante, diz Pedro Henrique Lopes Lorençoni, engenheiro agrônomo e
responsável pelo laboratório de controle de qualidade do Grupo Matsuda.
“Para fazer a coleta correta
é preciso separar as glebas de acordo com a coloração do solo, declividade e
grau de drenagem, após isso, a amostra deve ser enviada a um laboratório
credenciado pelo Mapa, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Com
o resultado do laboratório em mãos é preciso calcular a necessidade de correção
e fertilização do solo, podendo, esta última, ser subdividida na adubação de
plantio e de cobertura para o bom desenvolvimento das plantas”.
Independente da finalidade (recuperar
ou estabelecer uma nova área), a escolha de uma semente de qualidade é
essencial e o sucesso do estabelecimento está diretamente ligado a esta
escolha, uma semente de baixa qualidade, pode fazer o produtor perder todo o
investimento em preparo de solo, correção e adubação. É sabido que as sementes
representam apenas 10% do custo total de um projeto de reforma de uma pastagem.
Para Pedro, um erro muito
comum, é a escolha da semente, tendo como único parâmetro, o seu preço, ou,
comprando de empresas não idôneas, e assim, “por exemplo: ofertam uma porcentagem de sementes puras no momento da
compra e entregam com uma porcentagem de pureza
menor na propriedade”, além disso, o produtor pode estar adquirindo sementes
com infestações por outras sementes (contaminantes), em quantidades que excedem
o permitido pelo Mapa, e assim, se torna um veículo de disseminação de ervas
daninhas, o que aumenta os custos de formação da pastagem, pois estas ervas
precisam ser eliminadas.
“Uma outra situação que pode
acontecer ao adquirir sementes baratas com baixo valor cultural, são com as sementes
que apresentam 60% de pureza, onde 40% são materiais inertes, e é justamente na
composição deste material inerte que podemos encontrar mais um fator de risco.
As sementes, em sua maioria, são colhidas do solo, e, as chances de um lote
“barato” não ter passado pelo beneficiamento é muito grande, assim, caso a área
de colheita tenha sofrido ataques de pragas, como percevejos, cigarrinhas, e
outros, os ovos destes insetos podem estar misturados a este material inerte, e
sem o beneficiamento adequado, podem também estar sendo disseminados,
inclusive, para áreas onde a incidência destes insetos não era comum”, diz
Pedro.
Existe no mercado de
sementes para pastagem, as sementes piratas, e o produtor precisa ficar atento
para não trocar “gato por lebre”. Uma maneira de identificar essas sementes é
fazer a comparação do preço, com as de empresas idôneas.
Pedro ressalta que uma
semente pirata não é produzida dentro dos critérios estabelecidos pelo Mapa e,
portanto, não fornece a mesma garantia que uma empresa idônea. E até as
sementes piratas, podem estar tratadas ou revestidas, porém sem qualquer
respeito com os padrões de qualidade e segurança, e sem equipamentos
apropriados para esta finalidade, além de utilizar corantes que em nada agrega
na qualidade final do tratamento. Quando revestidas com materiais inadequados,
piora ainda mais a capacidade germinativa das sementes.
Considerando tudo isso, a
aquisição de sementes tratadas ou revestidas de empresas idôneas, além de
garantir a qualidade, também garante que a quantidade de defensivo agrícola seja
aplicada na dose correta e de maneira homogênea, bem como, que o material usado
no recobrimento possua macro e micronutrientes em quantidades suficientes para
fornecer uma boa germinação e um rápido desenvolvimento inicial das plântulas.
Uma outra forma de
identificar a qualidade destas sementes é enviar uma amostra do lote a um
laboratório inscrito no Renasem, Registro Nacional de Sementes e Mudas, para
que possa avaliar a pureza e a viabilidade. Entretanto, para esta amostragem, é
provável que o lote já tenha sido adquirido e esteja com o cliente, sendo
assim, ele apenas terá a informação se recebeu a real qualidade que lhe foi
prometida.
O revestimento de sementes
forrageiras começou na década de 80, porém eram utilizados materiais como terra
e areia como revestimento. Neste período a Matsuda se manteve trabalhando
apenas com sementes convencionais, pois não classificava esta técnica como
sendo uma “tecnologia”.
Anos depois, a empresa
INCOTEC, reconhecida mundialmente no recobrimento de sementes de hortaliças, apresentou
à Matsuda uma tecnologia de recobrimento, e garantiu que poderia desenvolver
uma tecnologia exclusiva para forrageiras, o que facilitaria a regulagem de
equipamentos durante o plantio, e ainda favoreceria a germinação das sementes,
e foi assim que surgiu no mercado as Sementes Série Gold, dando início a uma
parceria que perdura até os dias de hoje.
De acordo com Pedro, nesta
época, a tecnologia de revestimento de sementes estava desacreditada porque era
relacionada aos primeiros recobrimentos, que foram realizados nos anos 80. A
partir daí a Matsuda iniciou um programa de desenvolvimento de mercado,
demonstrando que o revestimento não era o mesmo utilizado por outras empresas
anos atrás, e assim, começou a ganhar a confiança dos produtores. Depois disso,
as demandas foram aumentando e, para suprir a necessidade do mercado a Matsuda
ampliou sua unidade de incrustação.
“Acredito que a Matsuda tenha sido um divisor
de águas na comercialização de sementes tratadas e incrustadas, que ganhou esta
dimensão que tem hoje, por conta do trabalho realizado pela empresa no
desenvolvimento dessas tecnologias que melhoraram a plantabilidade e a
germinação das sementes, e assim quebrou aquele paradigma de que o revestimento
em forrageiras era ruim”, conclui Pedro.
O diferencial do Grupo Matsuda
sempre foi atender a necessidade do produtor, os técnicos a campo começaram a
perceber que somente a série Gold não atendia todas elas, pois quando o plantio
precisava ser realizado na terceira caixa ou em discos, as sementes acabavam
sofrendo danos e perdendo o recobrimento, e foi aí, que mais uma vez em
parceria com a Incotec, outra tecnologia foi lançada no mercado, com a mesma
qualidade de germinação e todos os tratamentos, porém com uma incrustação mais
flexível, que atende todos os processos de plantio, se tornando ideal
principalmente para os sistemas de ILP e ILPF semeados com a terceira caixa ou
em linha.
O Grupo está sempre inovando,
seja no desenvolvimento de novos cultivares, como em tecnologias de sementes, e
assim, oferece produtos de melhor desempenho a campo.
“A Matsuda disponibiliza
opções de tratamentos ou incrustações de sementes e por esta razão, fica
difícil manter um estoque regulador de todas as suas cultivares com as variadas
opões de tratamento. Sendo assim, é importante que o produtor, como já
abordado, tenha um planejamento e possa realizar o pedido das sementes
tratadas/ incrustadas com antecedência, para que possamos atendê-lo em tempo
adequado à sua necessidade”, finaliza Pedro.
Pedro Henrique Lopes Lorençoni
Engenheiro Agrônomo
Coordenador do laboratório de controle de qualidade do Grupo Matsuda.
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